sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Música Ampliada | Rosana Lanzelotte

Música Ampliada
Vídeo e bate-papo
Viagem Musical pelo Brasil
Com Rosana Lanzelotte
Projeção do dvd História da Música Brasileira
18 de agosto, quarta-feira, às 20h

ingressos: R$20,00 inteira R$10,00 meia
para sua comodidade, garanta seu lugar com antecedência:tels 3202-8554 / 3202-8550 / 8236-1825 / 4141-9240 ou pelo email cultura@evaklabin.org.br ou basta chegar antes do início do evento.
visite o museu chegando 1 hora antes do evento
ingressos: R$10,00 inteira R$5,00 meia
gratuidade: crianças até 10 anos
clube do assinante do globo: 20% de desconto



Viagem musical pelo Brasil
Uma viagem pela produção musical brasileira até o sécuo XIX
A música dos compositores brasileiros que emergiram do apogeu dos ciclos econômicos:
açúcar, ouro, diamantes, café.

Rosana Lanzelotte, cravista e pesquisadora que recém lançou o livro Música Secreta, sobre os compositores atuantes no início do século XIX no Brasil, apresenta e comenta trechos do DVD História da Música Brasileira, produzido por Reinaldo Volpato, sob a direção musical de Ricardo Kanji.
A viagem inicia-se pelas obras de que os jesuitas se utilizavam para catequizar os indígenas. Em seguida, serão apreciadas obras pertencentes ao mais antigo manuscrito musical até hoje encontrado em Mogi da Cruzes, que contem cópias de obras portuguesas do séc. XVI. Nasce na Bahia Gregório de Mattos (1636 - 1695), considerado o maior poeta barroco do Brasil, famoso por suas sátiras.
No período setecentista, surge em Pernambuco, no apogeu do ciclo do açúcar, o gênio brasileiro Luís Álvares Pinto (1719 - 1789). O talento do mulato o credenciou para estudar em Portugal. De volta ao Brasil, em 1761, escreveu um dos primeiros métodos de música escritos no país - "A Arte de Solfejar sem Confusão" -, do qual serão apresentadas algumas peças. Ainda no século XVIII, nasce na Bahia Damião Barbosa de Araújo (1778 - 1856), autor do "Memento Baiano".
O ciclo do ouro e dos diamantes em Minas propiciou a construção de inúmeras igrejas e teatros, para os quais era necessário dispor de música. Como na corte portuguesa, os ofícios religiosos eram acompanhados pelo melhor da produção musical. Surgiram gênios como José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila Príncipe,1746 - Rio,1805) e João de Deus de Castro Lobo (Vila Rica 1794 - Mariana, 1832).
Enquanto nas igrejas toca-se música sacra, nas ruas cantam-se modinhas, acompanhadas de violão, como as escritas pelo poeta Tomás Antonio Gonzaga (1744 - 1810), um dos inconfidentes, em homenagem à sua amada Marília. Musicadas pelo grande compositor português Marcos Portugal (1762 - 1830), tornaram-se dos cancioneiros mais apreciados até hoje.
A transferência da capital da colônia para o Rio em 1763 e a posterior chegada da corte em 1808 transformou a cidade em centro econômico e cultural do país e do continente. Nesse período destaca-se o mulato José Maurício Nunes Garcia (1767 - 1830), que impressionou D. João com seu talento a ponto de nomeá-lo Mestre de sua Capela Real. Fundou a primeira escola de música do Brasil, para cujos alunos escreveu o Método de Pianoforte. De Nunes Garcia, serão mostradas a sua primeira obra - Tota Pulchra es Maria - além das aberturas orquestrais.
Com a abertura dos portos, o Brasil recebe inúmeros artistas e cientistas europeus, curiosos de conhecer o Novo Mundo. Os relatos que surgem nesse período são um importante testemunho da vida brasileira do início do século XIX. Entre os visitantes, o compositor Sigismund Neukomm (1778 - 1858), que inaugurou a música instrumental no país e foi o primeiro a escrever música clássica inspirada em gêneros populares brasileiros. Os naturalistas bávaros Spix e Von Martius, chegados ao país em 1817, anotam em seus cadernos de viagem exemplos de modinhas e um dos únicos exemplos de lundus, gênero instrumental praticado pelos escravo negros. O ritmo africano do lundu inspirou Candido Inácio da Silva (1800 - 1838), discípulo de José Maurício Nunes Garcia, e influenciou os ritmos praticados na música popular brasileira até os dias de hoje.
O Brasil do século XIX vê nascer o seu maior expoente da arte operística - Antonio Carlos Gomes (1836 - 1896) - e os movimentos nacionalistas.
Coordenação: Marcio Doctors
Programação e produção: Nenem Krieger

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