quarta-feira, 30 de junho de 2010

Texto de Marisa Flórido no Segundo Caderno | 28/06

Imperdível, lindo texto!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Projeto Respiração no Rio Show 25/06


Projeto Respiração no Segundo Caderno 24/06


Projeto Respiração - 11ª edição | 26/06 a 15/08


Substituições
Daniela Thomas
Flana-se pela casa da Eva. Passa-se os olhos pelos objetos, pinturas, vitrines. Nos entretemos com as escolhas, com os cenários "à moda de": sala inglesa, renascença, chinesa. Há uma força magnética na casa, talvez centrífuga, nos empurrando todo o tempo em direção ao próximo quadro, objeto, ambiente. Não nos detemos. O próprio excesso e variedade de coisas nos movimenta para adiante. E mais adiante.

Meu impulso foi deter esse movimento. E se tivéssemos de dar conta de cada obra? Se tivéssemos que realmente parar e focar e submergir na obra? Propus a várias pessoas, entre artistas, jornalistas, cientistas, escritores, crianças, trabalhadores da própria fundação que tentassem DAR CONTA de um objeto que eu iria retirar da exposição e SUBSTITUIR com essa descrição gravada.

Imaginei questões que o projeto poderia suscitar:

1. um distúrbio à visita, já que as salas estarão obviamente "banguelas", com vazios preenchidos apenas pela pequena e desinteressante caixa de som, provocando uma interrupção no movimento centrífugo natural do visitante.
2. um distúrbio auditivo, já que a casa estará povoada de vozes todo o tempo.
3. um desafio à imaginação do visitante que se vê obrigado a projetar à partir da descrição que ouve, o objeto faltante.
4. um desafio à imaginação do "descrevedor".

Nessa última e central questão, o mais interessante desafio: como SUBSTITUIR, como DAR CONTA com palavras, da totalidade de uma obra de arte? Tarefa hercúlea e fadada ao fracasso, mas que provoca uma sorte de escolhas que evocam a própria história do pensamento em sua imensidão e fragilidade. Ficamos aí também à mercê dos excessos: descrever exaustivamente ultrapassa a obra? quando parar? O quanto de subjetividade é permitido? E desejável?

Projeto Respiração -11ª edição | 26/06 a 15/08


Evasão
Lilian Zaremba

...cette langue sera de l´âme pour l ' âme, résumant tout parfums, sons, couleurs... (Rimbaud, carta a Valery, maio,1871)

Um sinal é gerado por um processo: liga-se o rádio. Ação realizada com sucesso, sinal aceito, sinal entregue. Um evento cotidiano aparentemente sem importância... mas e se não houver um objeto, um rádio a ser ligado? Sinal de um rádio tomado como metáfora para transmissão, circuito, desarticulação, metamorfose, recepção, mutação. Radiofonia, domínio heterogêneo para além das concepções comuns da comunicação como mídia.
Um aparelho para colocar algum código pode também tornar-se um aparelho para decodificar mensagens... palavras guardam real significado na musica de cada voz, impressão sonora única, sinal marcado no tempo também enfronhado por escolhas pessoais. Estas, amordaçam o espaço nos objetos trajetos de uma vida inteira, transmitindo silencio ruidoso como naquele arranjo em cima da mesa, uma natureza morta – still life – interrompida por esta voz que insiste em existir...still, parada...still, ainda...
Ouvimos bibb do rádio relógio determinando os segundos, estes mesmos instantes subdivididos pelo tac tac do metrônomo. Mas este ritmo fechado em espaços precisos escapa de sua homogeneidade quando a voz de Eva, impõe seu próprio tempo, nos envolvendo em ressonâncias da memória. Aquela outra voz, repetindo as frases de Eva, se esforçando, obediente, para acompanhar o tempo preciso, é a voz radiofônica.
Perdida no trânsito das válvulas, objetos do cotidiano que também se esvaem na presença de substituições corpóreas (novas tecnologias?) já sugeridas naquele outro aparato nomeado ipod. Na tela deste pequeno ipod, enxergamos a areia caindo na ampulheta. O tempo escorre como sombra porque, embora lento, nossos olhos não conseguem distinguir cada grão de areia precipitado. Um milésimo de segundo? você ouve isso?
A primeira rádio, tocando o tempo aonde seu grau zero é aquela voz. A voz que irrompe “como espião” e transforma a homogeneidade do tempo, este que está sendo medido pela ampulheta, lançando seu próprio pulsar naquela sala verde onde o belo e grande relógio está parado. Ali, sempre será oito horas da noite...ela diria: “...ah! isso foi a vida inteira...” Evasão... sonhar uma língua que decodifique este congelamento do espaço de uma casa-museu, captando outras mensagens naquela voz que ainda respira a natureza presente, escapando do cronômetro inaudível de um tempo que nos engole.
P.S. - e toda vez que alguém pergunta " isso é radio?" esta escuta ensurdece.
créditos:
um trabalho de Lilian Zaremba
áudios com frases faladas por Eva Klabin e repetidas por locutora, sob som constante de bibps da Radio Relógio e Metronomo, ecoados na Sala Verde (do museu) onde também se coloca sobre a papeleira uma "natura morta" composta por alto falante, válvulas de rádio transmissão e ipod com filme e trilha.
ficha técnica:
fotografia e filmagem : Lucia Helena Zaremba
edição do filme em ipod : Franscisco Cid Guimarães
iluminação : Fernando Sant' Anna
voz e supervisão de edição sonora: Adriana Ribeiro
editor de som : Alexandre Meu Rei (ECOSOM)
agradecimentos: Toni Godoy, Irene Peixoto, Alcimar Ferreira, Álvaro Barata

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Projeto Respiração inaugura sua 11ª edição neste sábado


Leia o texto do curador

Plataforma de Pesquisa | Glória Ferreira

Plataforma de pesquisa
programa de divulgação de teses universitárias em arte

"O Invisível é real" Sobre a obra de Walter De Maria
Com Glória Ferreira
Professora colaboradora da EBA/UFRJ, crítica de arte e curadora.

22 de junho, terça-feira, às 17:30h



Walter De Maria / The New York Earth Room, 1977

Como se aproximar do universo de um artista e revelar seus processos de
elaboração? Como integrar e como se separar dos juízos recorrentes sobre
seu trabalho? Diversos caminhos foram percorridos buscando o sentido de
suas obras, como a experiência da Land Art, a relação entre a música, as artes
visuais e a linguagem. Seu silêncio programático e sua afirmação da realidade
do invisível revelaram-se centrais em sua poética. Enquanto acontecimentos,
a rede de significações de suas obras instauram a experiência como uma
singularidade e a arte como “agente de ligação” entre o homem e o mundo.

Glória Ferreira é Doutora em História da Arte pela Sorbonne. Professora
colaboradora da EBA/UFRJ, crítica e curadora. Entre suas curadorias recentes
destacam-se Anos 70 – Arte como questão, 2007. Entre suas publicações, coorganizou
as coletâneas Clement Greenberg e o debate crítico, 1997, e Escritos
de artistas 1960/1970, 2006. Organizou a coletânea Crítica de arte no Brasil:
Temáticas Contemporâneas, 2006, e Arte contemporáneo brasileño: documentos
y críticas / Contemporary Brazilian Art: Documents and Critical Texts, 2009.
Dirige a coleção Arte +, publicada pela Jorge Zahar Editor.

Entrada Gratuita
para sua comodidade, garanta seu lugar com antecedência: tels 3202-8554 / 3202-8550 / 8236-1825 / 4141-9240 ou pelo email cultura@evaklabin.org.br ou basta chegar antes do início do evento.
visite o museu chegando 1 hora antes do evento
ingressos: r$10,00 r$5,00 (meia: estudantes e maiores de 60 anos)
gratuidade: crianças até 10 anos
clube do assinante do globo: 20% de desconto

coordenação: Marcio Doctors
consultoria: Gloria Ferreira

quinta-feira, 17 de junho de 2010

cineEva neste sábado!

O ANO PASSADO EM MARIENBAD
L'année dernière à Marienbad (França, 1961).
sábado, 19 de junho, 19h
De Alain Resnais. Com Delphine Seyrig. Duração 93'.
Num imenso e luxuoso palácio barroco, transformado em hotel (e em labirinto espaço-temporal), entre corredores, salões decorados e estátuas, um estranho tenta convencer uma mulher casada a fugir consigo. Ele diz conhecê-la. Diz que foram amantes.
Filme escolhido por Luiz Carlos Barreto
cineEva
Fundação Eva Klabin
Av. Epitácio Pessoa, 2480 - Lagoa
Preço do ingresso: R$ 6,00 (preço único).Os interessados poderão visitar também o Museu. Basta chegar às 17h30 para uma visita-guiada.
Sessão de cinema + visita ao museu: R$ 16,00 (inteira), R$11,00 (meia). Clube do assinante do Globo: 20% de desconto
Garanta o seu lugar nos tels: (21) 3202 8554 / 3202 8550 / 8236 1825 / 4141 9240 ou cultura@evaklabin.org.br
Mais informações sobre a Fundação Eva Klabin: http://www.evaklabin.org.br/
Mais informações sobre o Seleção Cinema: www.cinefrance.com.br/selecaocinema

terça-feira, 8 de junho de 2010

5as com Música | Harmonitango

Quintas com Música
Com Harmonitango
José Staneck, harmônica / Ricardo Santoro, violoncelo / Sheila Zagury, piano

17 de junho, quinta-feira

Visita guiada às 19 h
Coquetel às 20 h
Concerto às 20:30 h


Programa:

C. GUERRA-PEIXE
TRÊS PEÇAS
Allegretto moderato (Galope)
Andantino (Reza de defunto)
Allegretto (Toque “jêje”)

DRUMMONDIANA
Qualquer tempo
Festa no brejo

MOURÃO

H. VILLA-LOBOS
O TRENZINHO DO CAIPIRA

A. PIAZZOLLA
LIBERTANGO
MILONGA DEL ANGEL
PRIMAVERA PORTENHA
ADIÓS NONINO

ingressos: R$40,00 e R$20,00 (meia: estudantes e maiores de 60 anos)
Reservas com antecedência:tels 3202-8554 / 3202-8550 / 8236-1825 / 4141-9240 ou pelo email cultura@evaklabin.org.br
clube do assinante do globo: 20% de desconto
Programação e produção: Nenem Krieger
Organização: Marcio Doctors

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Música Ampliada | Zelito Viana

Música ampliada
vídeo e bate-papo

Villa-Lobos: Uma Aventura Cinematográfica
Com o cineasta Zelito Viana
Projeção de trechos do making of do filme Villa- Lobos - Uma Vida de Paixão

16 de junho, quarta-feira, às 20h

ingressos: R$20,00 e R$10,00 (meia: estudantes e maiores de 60 anos)
para sua comodidade, garanta seu lugar com antecedência:
tels 3202-8554 / 3202-8550 / 8236-1825 / 4141-9240 ou pelo email cultura@evaklabin.org.br ou basta chegar antes do início do evento.
visite o museu chegando 1 hora antes do evento
ingressos: R$10,00 R$5,00 (meia: estudantes e maiores de 60 anos)
gratuidade: crianças até 10 anos clube do assinante do globo: 20% de desconto
coordenação: Marcio Doctors programação e produção: Nenem Krieger

cineEva | Hiroshima meu amor

HIROSHIMA MEU AMOR
Hiroshima mon amour (França/Japão, 1959).
De Alain Resnais. Com Emmanuelle Riva, Eiji Okada. Duração 90'.
Sábado, 12/06, 19h
Participando de um filme sobre a paz, em Hiroshima, nos anos 50, atriz francesa passa a noite com um arquiteto japonês. Tudo isso traz lembranças de sua juventude, na cidade de Nevers, durante a Segunda Guerra Mundial, período no qual foi perseguida, quando se apaixonou por um soldado alemão.
Filme escolhido por: Lucy Barreto
cineEva
Fundação Eva Klabin
Av. Epitácio Pessoa, 2480 - Lagoa
Preço do ingresso: R$ 6,00 (preço único).
Os interessados poderão visitar também o Museu. Basta chegar às 17h30 para uma visita-guiada.
Sessão de cinema + visita ao museu: R$ 16,00 (inteira), R$11,00 (meia).
Clube do assinante do Globo: 20% de desconto
Garanta o seu lugar nos tels: (21) 3202 8554 / 3202 8550 / 8236 1825 / 4141 9240 ou cultura@evaklabin.org.br