quarta-feira, 29 de junho de 2011

Participação do curador Marcio Doctors na mesa redonda A Moreninha: os anos 80 para além da pintura


A Moreninha: os anos 80 além da pintura

APRESENTAÇÃO

O crescente interesse em recuperar documentos e produzir narrativas históricas acerca da arte brasileira dos anos 80 conduziu as atividades do Laboratório de História, Crítica e Teoria da Arte II, do Instituto de Artes / Uerj, na direção da produção de um resgate histórico da atuação do grupo A Moreninha, ocorrida entre 1986 e 1988. Foram realizadas entrevistas e levantamento de fotografias, vídeos, reportagens e outros documentos da época.

Um dos pontos principais desta primeira fase do projeto – iniciado no primeiro semestre e com desenvolvimento previsto por todo o ano de 2011 – foi uma série de entrevistas com os que atuaram no grupo. Assim, a partir das memórias de alguns dos participantes, busca-se costurar o tecido que compõe a trajetória de A Moreninha pelo circuito de arte do Rio de Janeiro.

A mesa-redonda “A Moreninha: os anos 80 além da pintura” encerra esta primeira fase do projeto, trazendo para uma conversa pública o artista Hilton Berredo e o crítico de arte Marcio Doctors, com mediação e coordenação de Ricardo Basbaum – participantes do grupo A Moreninha.

A MORENINHA

A Moreninha foi um grupo de artistas e críticos que, de forma irreverente e descontraída, participou do cenário artístico do Rio de Janeiro dos anos 80. O início de sua atuação se deu no fim de 1986, quando jovens artistas se organizaram para visitarem os ateliês uns dos outros. No período, vivia-se sob a efervescência da chamada “Geração 80”, marcada pela vaga idéia do “prazer de pintar” – clichê que revelou-se limitado como modo de compreensão da produção artística daquele momento, marcada também pela atuação multimídia e experimental por parte de alguns jovens artistas.

Em fevereiro de 1987, num desdobramento da fase inicial das visitações, o grupo se organizou para um piquenique na Ilha de Paquetá, onde fariam pinturas impressionistas sob o pretexto da comemoração do centenário de uma suposta passagem de Manet pelo Rio de Janeiro. Ainda naquele mês, o grupo voltou a se manifestar em uma ação durante a palestra proferida pelo critico de arte italiano Achille Bonito Oliva na galeria Saramenha, gerando polêmica e grande repercussão na imprensa. Meses depois, ocorreu ainda a exposição “Lapada Show”, seguida, em dezembro do mesmo ano, pelo lançamento do livro e do vídeo “Orelha”. Já em março de 1988, a participação na exposição "Le Déjeuner sur l'art: Manet no Brasil", na EAV do Parque Lage, marcou o encerramento das atividades do grupo.

A atuação do grupo “A Moreninha” nos abre outra perspectiva sobre o rumo da arte dos anos 80 no Brasil. Começando com uma atividade relacionada à pintura, o grupo questionou o rótulo hedonista que marcava a geração 80, decretando o seu fim, a partir da retomada da prática discursiva e da busca de um pensamento crítico acerca de sua própria produção e do circuito de arte local.

CRONOGRAMA BÁSICO DAS ATIVIDADES DO GRUPO

- Fim de 1986: início das visitações semanais aos ateliês dos artistas do grupo para discussão de trabalhos;

- Janeiro de 1987: visita ao Projeto Hélio Oiticica, conduzida por Luciano Figueiredo;

- Fevereiro 1987: realização da primeira ação: Maratona Impressionista na Ilha de Paquetá;

- Fevereiro 1987: realização da segunda ação: Intervenção na palestra de Achille Bonito Oliva, Galeria Saramenha;

- Junho 1987: exposição “Lapada Show” (loja Brumado, Rua do Lavradio, Lapa), com os artistas do grupo e a presença dos convidados Lygia Pape, Márcia X e Alex Hamburger;

- Dezembro 1987: lançamento do livro e do vídeo Orelha, na Petite Galerie, Ipanema;

- Março de1988: Participação na exposição "Le Déjeuner sur l'art: Manet no Brasil", na EAV Parque Lage, com curadoria de Frederico Morais;

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Atenção: Horário de visitação


Com o término da 13ª edição do Projeto Respiração, o horário de visitação da Fundação Eva Klabin volta a ser

de terça a sexta, com visitas guiadas às 14:30 e 16h (não é necessário agendar, é só chegar num dos dois horários)

visite o nosso site e saiba mais sobre a casa e a coleção http://www.evaklabin.org.br

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Concertos de Eva de junho | Quarteto Continental

Concertos de Eva

QUARTETO CONTINENTAL

VINICIUS AMARAL, violino
TOMAZ SOARES, violino
DANIEL PRAZERES, viola
PAULO SANTORO, violoncelo

16 de junho, quinta-feira

Visita guiada às 19 h
Coquetel às 20 h
Concerto às 20:30 h



Programa:

H. VILLA-LOBOS QUARTETO N° 17
Allegro non troppo
Lento
Scherzo: Allegro Vivace
Allegro Vivace (con fuoco)

A. PIAZZOLLA VERANO PORTEÑO
INVIERNO PORTEÑO
MILONGA DEL ÁNGEL
LA MUERTE DEL ÁNGEL

ingressos: R$40,00 inteira | R$20,00 meia (acima de 60, estudantes e classe musical)
Reservas com antecedência:
tels 3202-8554 / 3202-8550 / 8236-1825 / 4141-9240 ou pelo email cultura@evaklabin.org.br
clube do assinante do globo: 20% de desconto

Programação e produção: Nenem Krieger
Organização: Marcio Doctors

Plataforma de pesquisa de junho | Amália Giacomini

Plataforma de pesquisa
programa de divulgação de teses universitárias em arte


Com AMALIA GIACOMINI

Artista plástica


A ARTE NÃO ESTÁ MAIS LÁ


21 de junho, terça-feira, às 17:00h


A representação racionalista e a percepção fenomenológica do espaço são questões fundamentais no estabelecimento do território semântico onde habita a obra de Amália Giacomini, artista que
apresenta no próximo encontro do projeto Plataforma de Pesquisa, dia 21 de junho, sua dissertação em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ “A arte não está mais lá”. Por meio da análise das obras de Robert Morris, Fred Sandback e Daniel Buren, a artista procura promover pontos de contato e argumentos que as aproximem ou afastem das questões levantadas a partir da produção de sua obra.




Amália Giacomini
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (FAU-USP), participou da recente edição do programa Rumos Artes Visuais – T
rilhas do Desejo, do Instituto Cultural Itaú (curadoria de Paulo Sérgio Duarte), da mostra Ponto de Equilíbrio (curadoria de Agnaldo Farias e Jacopo Crivelli) e da 63ª edição do Salão Paranaense. Tem exposto seu trabalho em importantes instituições do país, como o Centro Universitário Maria Antonia da USP, Centro Cultural São Paulo, Museu da Casa Brasileira, Instituto Tomie Othake, galerias da FUNARTE , Centro Cultural Sérgio Porto, Casa França Brasil, Museu de Arte Contemporânea do Paraná e Museu de Arte Contemporânea de Niterói. No exterior apresentou em 2009 a exposição individual Liberér l’horizon reinventér l’espace, na galeria da Cite dês Arts em Paris e participou em 2005, na mesma cidade, da Exposição Comemorativa do Ano do Brasil da França realizada pela FUNARTE/ MinC. Seu trabalho é representado pela Galeria Mercedes Viegas no Rio de Janeiro e pela Galeria Virgílio em São Paulo


Entrada Gratuita
para sua comodidade, garanta seu lugar com antecedência:
tels 3202-8554 / 3202-8550 / 8236-1825 / 4141-9240 ou pelo email cultura@evaklabin.org.br ou basta chegar antes do início do evento.

visite o museu chegando 1 hora antes do evento
ingressos: R$10,00 inteira | R$5,00 meia
gratuidade: crianças até 10 anos
clube do assinante do globo: 20% de desconto

coordenação: Marcio Doctors
consultoria: Gloria Ferreira